SALA DOS ESPELHOS
NALDOVELHO
Sala dos espelhos, parede em frente,
um quadro contundente a transbordar luminosidades
em harmoniosos matizes a retratar com fidelidade
lágrimas cristalizadas, há tempo choradas,
por conta de um desencontro, coisa estranha demais!
Na parede ao lado, lado esquerdo do peito, marcas de batom...
Na parede ao fundo um poema rabiscado,
versos ardidos, por conta de uma despedida,
que se fez com dor de partida, para nunca mais.
Na parede do outro lado, lado direito do peito,
janela aberta, luz da lua inquieta
e um vento frio perverso, dando conta
que a solidão veio pra ficar.
No teto, espelhos, inúmeros e pequenos espelhos,
unidos como um quebra cabeças, ou coisa assim!
No chão, muitas coisas estilhaçadas,
testemunhos dos meus ais.
Triste é saber que esta sala não tem portas.
Estranho é que, só hoje, eu tenha percebido.
NALDOVELHO
Sala dos espelhos, parede em frente,
um quadro contundente a transbordar luminosidades
em harmoniosos matizes a retratar com fidelidade
lágrimas cristalizadas, há tempo choradas,
por conta de um desencontro, coisa estranha demais!
Na parede ao lado, lado esquerdo do peito, marcas de batom...
Na parede ao fundo um poema rabiscado,
versos ardidos, por conta de uma despedida,
que se fez com dor de partida, para nunca mais.
Na parede do outro lado, lado direito do peito,
janela aberta, luz da lua inquieta
e um vento frio perverso, dando conta
que a solidão veio pra ficar.
No teto, espelhos, inúmeros e pequenos espelhos,
unidos como um quebra cabeças, ou coisa assim!
No chão, muitas coisas estilhaçadas,
testemunhos dos meus ais.
Triste é saber que esta sala não tem portas.
Estranho é que, só hoje, eu tenha percebido.