Poder voltar...

Noites de inverno

olho a chuva da minha varanda

levo-me aos pensamentos

de como o destino me incluiu

no mundo derivado de sonhos.

Misteriosamente, translúcido e sereno,

vejo-me montado num cavalo branco

que me carrega aos mosteiros mais distantes.

E lá, sinto a luz, a terra, o luar,

os rios, a selva e o mar.

Luz que invade os céus e estrelas,

que provocam ondas de calor,

com temperaturas frias,

sem momentos de dor.

Latejando em exuberancia

invoco-me de corpo inteiro,

transporto-me ao celtas,

traquejo nas palavras,

perco os sentidos

e volto no tempo,

sem saber...

como...

quando...

e por onde...

poder voltar.

Mário Pires
Enviado por Mário Pires em 31/05/2009
Código do texto: T1624562
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