Apologia ao Acaso cósmico
Que mundo fantástico de coincidências,
De divinos acasos,
Uniram-se átomos,
Daí surgiram moléculas e elementos.
O sol na distância exata,
A lua a iluminar a escuridão,
O mar, por acaso, a refletir a luz solar,
Por acaso o sol evapora as águas,
Criando nuvens, que em um momento se precipita sobre nós,
Banha o solo e mantém a vida.
Que maravilhosa coincidência,
Que divino acaso.
O acaso criou as rosas.
Tudo por acaso se criou.
Minha humanidade é casual,
Sou acaso das coisas,
Simplesmente acidental.
O acaso me deu a vida,
E me dará a morte.
Dá-me a razão,
Os sentidos,
A emoção,
A maldade,
A dor,
O sorriso,
O amor,
A esperança...
Frutos de reações químicas em meu interior.
Que acaso maravilhoso.
Quando te toco e me arrepio,
O Louvo.
Quando sorrio,
Quando te olho nos olhos e sinto,
Quando choro com a lua,
E me torno criança sem vergonha,
Quando perco a esperança,
Tu está presente.
Obrigado acaso, por tudo.
Por me dá a flor,
O oxigênio,
O amor.