NADA EM QUE PENSAR

Quando não se tem nada em que pensar,

As lembranças de tudo o que se fez na vida

Nos chegam sempre no vazio sombril

Das frias e longas noites de solidão,

E, quando se adormece aterrissa-se em sonhos

E se embriaga de ilusões, porque,

Sonhar não nos faz mal,

E a embriaguêz ilusória passa com o tempo

E a lucidez volta novamente a predominar no ego...

Se procura estar sempre lúcido

Para as coisas bém se fazer, porque,

Não se pode ludibriar ninguém

Com falsidade tétrica de ilusões oportunistas...

Que se exercite o cérebro na academia aeróbica

Do bom comportamento, para que possa, contudo,

Viver-se em paz consigo mesmo e com quem se dizer ser

Amigo do peito do amigo em si...

E aos inimigos, se fala, com a vóz do coração, que,

Mesmo de longe se os perdôa, por todo mau causado que,

Supostamente, se fez e se deixou indefeso, num beco sem saída,

E, mesmo assim, se deu a volta por cima de tudo

E se saiu ileso para se poder perdoar,

Com a sinceridade verdadeira,

Na inteligência nata do entendimento.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 30/05/2009
Código do texto: T1622928
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