Palavras vivas
palavras inquietas
vibram na alma
do poeta
quisera exaltar
a beleza do altar
onde derrama
sua paixão
pela vida
palavras comovidas
sufocam
a garganta
o poeta se espanta
no mundo doente
reter o calor
das mãos
é indiferente
há pressa
busca voraz
pelo descartável
e felicidade aparente
são tantos os cegos
para o sol poente
e a delicadeza da rosa
não veem
o próprio encanto
dentro de si
em prantos
há tesouros soterrados
palavras vivas
incandescidas
tecem casulos
paradoxais
ilusões reais
em seu interior
ardem vulcões
a derreter geleiras
palavras mensageiras
se contorcem
se misturam
e dormem
feito anjos
barrocos
despertam
abrem as asas
transbordam
anseios loucos
jamais preenchem
o vazio
desvario inevitável
o papel quer mais
o poeta
é insaciável.
palavras inquietas
vibram na alma
do poeta
quisera exaltar
a beleza do altar
onde derrama
sua paixão
pela vida
palavras comovidas
sufocam
a garganta
o poeta se espanta
no mundo doente
reter o calor
das mãos
é indiferente
há pressa
busca voraz
pelo descartável
e felicidade aparente
são tantos os cegos
para o sol poente
e a delicadeza da rosa
não veem
o próprio encanto
dentro de si
em prantos
há tesouros soterrados
palavras vivas
incandescidas
tecem casulos
paradoxais
ilusões reais
em seu interior
ardem vulcões
a derreter geleiras
palavras mensageiras
se contorcem
se misturam
e dormem
feito anjos
barrocos
despertam
abrem as asas
transbordam
anseios loucos
jamais preenchem
o vazio
desvario inevitável
o papel quer mais
o poeta
é insaciável.