VAZIAS

Tarde campestre, vingando recordação.

Espiando, uma liberdade desconstruída.

Um imenso comboio, carregando vida.

Quando retornada, em nova anunciação.

Os rastilhos de esperanças, ervas frias.

Rodopiando, numa campina estonteante.

Vivificando um passado, já bem distante.

Banhando as cortinas ,nubladas, vazias.

Tarde, como o meu coração prisioneiro.

Quando a liberdade, jamais ensina partir.

O trem da esperança, prometido seguir.

Mas, alguma coisa, chegando primeiro.

Tarde, que levemente arrepanha o vento.

Comprime meu coração, deixando quieto.

Numa advenha para noite, um voo direto.

Eu narrando meu tempo, a todo momento.