O Mundo da Minha Varanda
Arrasto longos retalhos
velha sombra amestrada
a lustrar meus rastros falhos
em tempos de esquecimento.
Numa escala antepassada
chego à casa do vento
num canto de avarandado
a dormir no espaço lento
em rede de renda embalada
Senhora de lábios bentos
minha avó tem voz de guia
meu avô, olhos atentos
mãos de carpintaria.
Faz recortes fantasia
numa casca de laranja
a me acordar da razão
Reparte arte em fatias
gomo, gnomo e o cromo
de mim, talhada criança,
deitada em seu coração
O cheiro da flor tem hora
nome dúbio de senhora
embala-me a dama da noite.
No sonho o gomo o cromo
o desenho na laranja
vento curado do açoite
da saudade que se arranja
batizada de quem somos.
T.Otoni
01 de setembro de 2008
Arrasto longos retalhos
velha sombra amestrada
a lustrar meus rastros falhos
em tempos de esquecimento.
Numa escala antepassada
chego à casa do vento
num canto de avarandado
a dormir no espaço lento
em rede de renda embalada
Senhora de lábios bentos
minha avó tem voz de guia
meu avô, olhos atentos
mãos de carpintaria.
Faz recortes fantasia
numa casca de laranja
a me acordar da razão
Reparte arte em fatias
gomo, gnomo e o cromo
de mim, talhada criança,
deitada em seu coração
O cheiro da flor tem hora
nome dúbio de senhora
embala-me a dama da noite.
No sonho o gomo o cromo
o desenho na laranja
vento curado do açoite
da saudade que se arranja
batizada de quem somos.
T.Otoni
01 de setembro de 2008