Quase nada


Um rumo tortuoso, estranho, segue a estrada;
subindo a serra, traça um risco nas encostas,
desbrava à força até que mostra, desolada,
ao viajante, a rota em linhas bem expostas,
as marcas da invasão, e surge a terra eivada.

Notar a mata assim ferida, ninguém gosta,
mas no princípio era, o curso, um quase nada;
pouco indicava enfim que a turfa decomposta,
se perderia em meio à selva conspurcada.

E chega o homem bem ao alto da montanha;
finca bandeira e diz, que aquele que mais ganha,
é o viajante, o qual contempla a paisagem.

Tão insensato, não tem consciência mais
das agressões, em tudo aquilo que ele faz:

solo indefeso, quando as intempéries agem.



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