Vassouras
Vassouras espalham-se
em tabiques disfarçados
de vidros brilhantes
em triângulos disformes
perdidos no espaço
Vassouras dançam
por cozinhas confusas
de lixo solto
num vazio aparente
sobre lençóis poeirentos
esquecidos na penumbra
Vassouras arrastam-se
Dobram-se num desenfrear
de vozes infantis
ingénuas vivas
sobre estrados de cetim
no esquecimento inocente
desta humanidade
Vassouras raspam
limpam lixos nucleares
no descampado perdido
de campinas amarelecidas
no imprevisto de uma tempestade
dum tufão em redemoinhos
destruidores sedentos
Vassouras gastas
cansadas
naquele andar incerto
sobre lixos multicores
sujos num caminhar
para a incerteza de um horizonte
Vassouras chiques
penduradas como baronesas
em paredes pintadas
com frescura envaidecida
Bailes de vassouras
que rodopiam saltam
ao som de uma valsa
de um tango de um bolero
mas rodopiam até cansarem-se
E todos se esqueceram delas
a um canto da cozinha.
Vassouras espalham-se
em tabiques disfarçados
de vidros brilhantes
em triângulos disformes
perdidos no espaço
Vassouras dançam
por cozinhas confusas
de lixo solto
num vazio aparente
sobre lençóis poeirentos
esquecidos na penumbra
Vassouras arrastam-se
Dobram-se num desenfrear
de vozes infantis
ingénuas vivas
sobre estrados de cetim
no esquecimento inocente
desta humanidade
Vassouras raspam
limpam lixos nucleares
no descampado perdido
de campinas amarelecidas
no imprevisto de uma tempestade
dum tufão em redemoinhos
destruidores sedentos
Vassouras gastas
cansadas
naquele andar incerto
sobre lixos multicores
sujos num caminhar
para a incerteza de um horizonte
Vassouras chiques
penduradas como baronesas
em paredes pintadas
com frescura envaidecida
Bailes de vassouras
que rodopiam saltam
ao som de uma valsa
de um tango de um bolero
mas rodopiam até cansarem-se
E todos se esqueceram delas
a um canto da cozinha.