COMO SE FOSSEM TALISMÃS
NALDOVELHO
Pequeninas pedras, delicadas gemas,
emoções cristalizadas, preciosas memórias.
Eu as guardo em segredo lado esquerdo do peito
e as levo para todo o lado como se fossem talismãs.
Momentos que eu tenho cuidadosamente lapidados,
de encaixe perfeito, são partes de um todo,
um tanto ou quanto sofrido, a quem eu chamo de ser.
São fatos, retratos, imagens, histórias,
são tramas, são dramas, emaranhados de enredos,
que ardem, que doem, toca a vez que eu os toco,
que derramam poemas, toda a vez que eu os penso.
E quando acontece de derramarem-se os versos,
parte desses guardados se transmutam em água
que escorrem pelo rosto a mostrar todo o esforço
de parir liquefeitos, preciosos pedaços.
Ao fazê-lo, por certo, estanco o sangue, curo feridas,
e compreendo o por quê das asperezas desta vida,
e agradeço a Deus o dom de poder escrever.
NALDOVELHO
Pequeninas pedras, delicadas gemas,
emoções cristalizadas, preciosas memórias.
Eu as guardo em segredo lado esquerdo do peito
e as levo para todo o lado como se fossem talismãs.
Momentos que eu tenho cuidadosamente lapidados,
de encaixe perfeito, são partes de um todo,
um tanto ou quanto sofrido, a quem eu chamo de ser.
São fatos, retratos, imagens, histórias,
são tramas, são dramas, emaranhados de enredos,
que ardem, que doem, toca a vez que eu os toco,
que derramam poemas, toda a vez que eu os penso.
E quando acontece de derramarem-se os versos,
parte desses guardados se transmutam em água
que escorrem pelo rosto a mostrar todo o esforço
de parir liquefeitos, preciosos pedaços.
Ao fazê-lo, por certo, estanco o sangue, curo feridas,
e compreendo o por quê das asperezas desta vida,
e agradeço a Deus o dom de poder escrever.