Beijo navalhado

Ela sofre e eu sei

Quer enganar a todos, mas eu sei

Sei que quando ela beija

Não o faz por gosto

O faz por obrigação

Nessas o beijo não mais doce é

Passa a ser morto, frio, gelado

Passam a ser beijos navalhados

Onde os lábios encrustam giletes

Cada beijo é uma dor

O sofrimento se faz com o sangue

Que escorre da boca de ambos

O sangue da morte do amor

O último suspiro de uma paixão

As lâminas atritam e cortam

E machucam e fazem doer

Nada mais são do que consequências

Consequências de um sentimento que já se foi

Consequências de uma teimosia

Sangrenta e dolorosa teimosia

GaP
Enviado por GaP em 28/05/2009
Código do texto: T1618742
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