O Tempo sem Paragens

 
Otempo passeia
como água límpida
em canos tépidos
por vales da natureza
 
O tempo passa
como carruagens
em pisos irregulares
de solos férteis
 
O tempo repassa
Por vezes confuso
longo ou curto
em passadas incertas
pesadas
no percorrer dos séculos
na velocidade constante
 
O tempo curto
para uns
no desespero
para outros
 
O tempo longo
com o badalar dos relógios
em campanários
com suas batidas
 
O tempo é aquilo
que nós queremos
ou não queremos que passe
na intempérie do presente
por carris intermináveis
num desespero
daqueles que esperam
 
É angústia
que não se encontra
no fim da rua
na esperança de novo futuro
por vezes imperfeito
É a corrosão deste tempo
Confuso mas sereno
nas calçadas imperfeitas
 
É espaço de uma viagem
em minutos    ou segundos
a caminho do infinito
 
Mas os relógios
continuam
no seu badalar
A caminho de novos rumos.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 27/05/2009
Reeditado em 18/11/2009
Código do texto: T1618462