À deriva
a saudade flui
e navega
por toda
a minha noite
fere
estilhaça
escorre...
fome
sede...
um rosto
um nome...
devoro folhas
de poesia amarga
para curar
a chaga aberta
quem sabe
encontrar a chave
que me devolva
a saída
nas idas e vindas
em vão
procurei
engendrei sonhos
e soprei-os
ao vento
entreguei
às estrelas
o olhar fadigado
garrafa
em alto mar
coração aprisionado.