Prosa madura de mãos e cabeças
Prosa madura de mãos e cabeças
Tateei seu corpo
com minhas mãos nem muito rápidas ,
também nem muito lentas.
Tateei seu corpo
como ele pedia.
Disputei seu corpo
entre minhas mãos
e nossas cabeças pouco convincentes,
milenares.
À beira do indelével,
envolto em mistérios,
o tato gerava um som
gemido.
Besuntei de idéias a cabeça,
excentricamente besuntou a sua.
Mergulhava o rosto em mil cabelos,
enquanto minha coragem
cultivava pequenas taras.
Havia cumplicidade de mãos e cabeças
com tal vivacidade.
Mas entre as descrições das mãos,
minuciosas,
e as cabeças de milenar recheio,
faltou espaço.
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VI Concurso Literário - 1986- Sorocaba Fac. Filosofia - Literatura brasileira.
1º lugar