ESTRANHO
NALDOVELHO
Estranho é o som de batidas na porta,
e do outro lado ninguém.
Corredor vazio, escadas sombrias,
estiagem de sonhos, noites vazias de maio.
Estranho é o tempo que avança,
sem que se perceba, tão lentas as horas,
que ainda assim deixam marcas,
rugas, rastros, cansaço,
conseqüências dos meus passos,
e não há nada que se possa fazer.
Estranho é o silêncio da madrugada,
vidraça embaçada, ruas desertas,
insônia insistente, e o sol aparece
num céu de outono, com nuvens esparsas,
prenúncio de frio, chuva, arrepio,
e por estranho que seja,
o sono resolveu aparecer.
NALDOVELHO
Estranho é o som de batidas na porta,
e do outro lado ninguém.
Corredor vazio, escadas sombrias,
estiagem de sonhos, noites vazias de maio.
Estranho é o tempo que avança,
sem que se perceba, tão lentas as horas,
que ainda assim deixam marcas,
rugas, rastros, cansaço,
conseqüências dos meus passos,
e não há nada que se possa fazer.
Estranho é o silêncio da madrugada,
vidraça embaçada, ruas desertas,
insônia insistente, e o sol aparece
num céu de outono, com nuvens esparsas,
prenúncio de frio, chuva, arrepio,
e por estranho que seja,
o sono resolveu aparecer.