Versos Desorganizados

© Soaroir 26/5/09

(mote do dia/POL/RL)

Qual ventania

que no varal enrosca as roupas

levanta lençóis

de secas folhas desdenhadas -

escrever iça-me a vertigens

descartadas, reprimidas

que libertadas se revelam

e não me poupam.

Arrancam lápides,

saqueiam túmulos, sombras são

desenterrando passados destituídos

de importância

que se coroam majestades

e assumem as minhas teclas

aferrando-se à vida

de meus versos, de supetão.

E..., em todos os códigos

digitados, sem meu querer

levam junto

um verdadeiro ser inanimado

não no que vai exposto

no virtual ou no papel

mas nos outros textos

que eu desaprendi de viver.

Mote:

"O QUE HÁ REALMENTE DENTRO DE MIM É EXATAMENTE

O QUE PASSO NOS MEUS VERSOS?"

" Se uma mesa desorganizada é um indício de uma mente desorganizada, uma mesa vazia indica o quê? " - Albert Einstein -