PÔR-DO-SOL
Tardes cálidas,
horas mornas.
No horizonte o sol,
em cor de fogo
desce em rubros clarões,
escutando o último cantar
dos rouxinóis.
E com lampejos de ilusões
a brisa atônita se balança
em imagens de mil sóis,
procurando escutar
o breve gargalhar
das águas em fim de tarde.
Borboleteando ao pôr-do-sol,
rubras papoulas,
sem aromas perturbantes,
se esgueiram nessas horas
caladas,
em sussurros delirantes.
No empalidecer dos dias,
o vento cálido, geme
pétalas de rosa macias.
Olhos dolentes se fixam
com êxtase, no entardecer
esperando sonhadores
o crepúsculo aparecer.
A lua desce,
magnífica,
pela colina,
e nas Teias do Silêncio...
mais uma tarde termina!
By@
Anna D'Castro
(D.A.Reservados)
do livro AQUELA VOZ