PÔR-DO-SOL

Tardes cálidas,

horas mornas.

No horizonte o sol,

em cor de fogo

desce em rubros clarões,

escutando o último cantar

dos rouxinóis.

E com lampejos de ilusões

a brisa atônita se balança

em imagens de mil sóis,

procurando escutar

o breve gargalhar

das águas em fim de tarde.

Borboleteando ao pôr-do-sol,

rubras papoulas,

sem aromas perturbantes,

se esgueiram nessas horas

caladas,

em sussurros delirantes.

No empalidecer dos dias,

o vento cálido, geme

pétalas de rosa macias.

Olhos dolentes se fixam

com êxtase, no entardecer

esperando sonhadores

o crepúsculo aparecer.

A lua desce,

magnífica,

pela colina,

e nas Teias do Silêncio...

mais uma tarde termina!

By@

Anna D'Castro

(D.A.Reservados)

do livro AQUELA VOZ

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 23/05/2006
Reeditado em 08/07/2013
Código do texto: T161703
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