CIGANA
NALDOVELHO
Cigana! Qual será o meu destino?
Você que vem lá do Oriente
e se mostra tal qual um rio...
Onde está a trilha dos viajantes?
Você que em seus braços
abrigou tantos peregrinos
e que como um oásis
acolheu tanta gente sem destino,
qual será o meu rumo, o meu norte?
Você que se fez em tão belos versos,
que traz o mel em palavras roucas,
que sacode a poeira de minhas roupas,
qual será o meu destino?
Você que se diz viajante,
verdade, mulher de muitos feitiços...
Qual será deste poeta a sorte?
Cigana, porque não revelas o segredo?
Porque o disfarce, o mistério?
Se quando eu olho em sua rosto
vejo a verdade dos loucos
e o poder de curar meus medos.
Cigana, porque não revela o seu nome?
E o nome daquele que me pôs no exílio,
como um nômade e me condenou ao desterro?
Cigana, porque não decifra meus sonhos?
NALDOVELHO
Cigana! Qual será o meu destino?
Você que vem lá do Oriente
e se mostra tal qual um rio...
Onde está a trilha dos viajantes?
Você que em seus braços
abrigou tantos peregrinos
e que como um oásis
acolheu tanta gente sem destino,
qual será o meu rumo, o meu norte?
Você que se fez em tão belos versos,
que traz o mel em palavras roucas,
que sacode a poeira de minhas roupas,
qual será o meu destino?
Você que se diz viajante,
verdade, mulher de muitos feitiços...
Qual será deste poeta a sorte?
Cigana, porque não revelas o segredo?
Porque o disfarce, o mistério?
Se quando eu olho em sua rosto
vejo a verdade dos loucos
e o poder de curar meus medos.
Cigana, porque não revela o seu nome?
E o nome daquele que me pôs no exílio,
como um nômade e me condenou ao desterro?
Cigana, porque não decifra meus sonhos?