RUA DAS PROFESSORINHAS
NALDOVELHO
As mulheres daquela rua...
Dizia o pai, professorinhas!
Ensinavam o b a = ba,
o dabliou, o ipisilone.
Tinha uma mais novinha
a quem fiz juras de amor.
E ela dizia, assim, baixinho:
eu sou o mel de um beija-flor.
As mulheres daquela rua,
ainda as guardo na memória,
tão bonitas, tão morenas,
tão sozinhas, tão aflitas.
Lembro a ordem de despejo.
Nunca mais Maria Rita!
Hoje, a rua é de passagem
E as pessoas que transitam
não percebem, nem se importam,
casas frias e vazias.
Ainda guardo o seu cheiro
e a maciez dos seus cabelos.
Nunca mais fui bom aluno,
nem brinquei de beija-flor.
As mulheres daquela rua...
Dizia o pai, professorinhas!
Ensinaram muitas coisas,
a um aprendiz de amor e dor.
NALDOVELHO
As mulheres daquela rua...
Dizia o pai, professorinhas!
Ensinavam o b a = ba,
o dabliou, o ipisilone.
Tinha uma mais novinha
a quem fiz juras de amor.
E ela dizia, assim, baixinho:
eu sou o mel de um beija-flor.
As mulheres daquela rua,
ainda as guardo na memória,
tão bonitas, tão morenas,
tão sozinhas, tão aflitas.
Lembro a ordem de despejo.
Nunca mais Maria Rita!
Hoje, a rua é de passagem
E as pessoas que transitam
não percebem, nem se importam,
casas frias e vazias.
Ainda guardo o seu cheiro
e a maciez dos seus cabelos.
Nunca mais fui bom aluno,
nem brinquei de beija-flor.
As mulheres daquela rua...
Dizia o pai, professorinhas!
Ensinaram muitas coisas,
a um aprendiz de amor e dor.