O rio, o mar... A vida

    O rio garboso, a terra tocava...
    De mansinho, aos poucos a tocava

   E crescia... No gozo do toque,
   um pedaço da terra levava a reboque...

   A  terra, do rio escrava
   Nada retinha...Prazerosa, entregava
   Uma a uma as suas dádivas
   E as mães d'água as levavam, ávidas

    Indefesas flores ribeirinhas
   Iam rio a baixo, coroando a realeza
   Da rainha das águas e princesas...

   Rio abaixo, rio abaixo,
   Rumo ao mar, ao  imenso mar!
   Mas... Nada sabe o mar, de flores ribeirinhas,
   Nem do idílio do rio... Só sabe de céu e mar!

    Tal o mar, as procelas da vida
     Em seu arrastão...
   
Imagem retirada do Google imagens