ODE À FINA LIBERDADE

De todas as verdades que sei

uma delas me diz muito,

faz pensar, faz ir a fundo

faz buscar em outras memórias,

amigos, amores, segredos meus,

de um oceano profundo, desejos contidos,

pedaços por aí, desconhecidos.

Oceano de bolhas imaginárias a subir,

E espocar verdades perdidas,

de promessas talvez não cumpridas,

criança grande, criança sempre

ensaio lúdico, rigoroso e contente

a buscar a essência, no peito e na arte,

e a plantar urgência, na crença que lhe faz parte.

De repente, a partida se faz anúncio

E a dor se faz concreta, perigo,

O vôo livre, um vôo alto

A ausência do amigo a transpirar a face

O gosto da saudade, é desenlace

A construir coragem, no vago,

Da música que não cantei.

Canto à felicidade buscada,

de uma fina liberdade,

Errante, corretamente encerrada,

acordes a ecoar o sopro, seres mutantes

evolução anunciada, música que não cantei,

Rebuliço da alma, caminhada,

Ode à vida, estou em paz, cheguei!

Anadijk

Houten, 26/maio/2009

Anadijk
Enviado por Anadijk em 26/05/2009
Código do texto: T1615070
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