SOBREVIVÊNCIA, LUTA

Fecham-se os olhos e tal qual sonhos,

Surgem imagens de uma realidade...

Escrita com sangue.

Dilacerados corpos humanos,

Que formam sobre esta terra,

Um enorme rio... rio de sangue,

Que faz chorar as árvores,

Que faz tremer o céu,

Temendo por inocentes mortos...

Mortos pela raiva não contida,

Pelo ódio sem razão.

Ódio que torna o homem,

Máquina de guerra,

Construindo armas, bombas,

Que devastam casas, cidades.

Destruindo a beleza da vida,

De quem vive pela paz.

E se desfazem como pó,

Com o explodir do ódio,

De homens sábios irracionais...

Que destroem em segundos,

Milhares de anos de cultura,

De luta pela liberdade e paz.

Homens prisioneiros

De suas terríveis armas mortais.

Homens com inteligência, ignorantes,

Usando o saber para esquecer...

Esquecer que matam, destroem

Seus irmãos por terem outra cor,

Seus semelhantes,

Com corpo, alma e sentimento,

Que sentem perder um amigo,

Morto por um sábio irracional.

Sábio por cultura adquirida,

Irracional por não saber usá-la.

Usando para destruir vidas,

Que por séculos tentam sobreviver,

Fugindo das batalhas, guerras,

Mas não conseguindo fugir,

Da ira de seu “irmão”...

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 25/05/2009
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