Em protesto
Se tenho na alma cores derramadas,
sinto chorar no peito soluços infindos
e se acordo vivo, morro dormindo
e sou esse poeta cheio do diverso.
Chamem-me de poesia
e nunca chorarei descontente
porque tudo o que escrevi foi simplesmente
por amor à vida e desamor às mágoas.
Hei de escrever versos sem limites
e a tudo dizer e sobre tudo escrever.
Quando a fúria de algum deus me levar,
talvez enciumado pelos poemas que eu faço,
gargalharei meu choro, dar-lhe-ei meu abraço,
mas nunca mais farei versos.