Menino Deus

Moleque faceiro,

zombeteiro,

irritante.

Tira a buzina do meu ouvido,

querido!

Enche em outra freguesia.

Não atrapalha a poesia,

que tá querendo nascer

Grita, berra, esperneia,

sopra apito, boca cheia.

Ah!!! não consigo pensar!

E esse sorriso no rosto...

Espera! Até que dá gosto,

Ver tanta alegria e leveza,

sinceridade,

pureza,

solta, dançando com o vento

livre de qualquer maldade

E na sua infância arrogante,

não sabe,

querido infante,

o quanto me fez criar.

Obrigada, seu menino!

Siga com o seu apito,

irritando outros ouvidos,

e assim com em mim

despertar outros sorrisos,

e o desejo de sair

como você a brincar.

Menino danado,

levado,

traquino.

Sendo apenas um menino,

que tem sua sabedoria

pra despertar poesia.

Sua forma de brincar.

TCarolina
Enviado por TCarolina em 23/05/2006
Reeditado em 30/07/2006
Código do texto: T161321