Menino Deus
Moleque faceiro,
zombeteiro,
irritante.
Tira a buzina do meu ouvido,
querido!
Enche em outra freguesia.
Não atrapalha a poesia,
que tá querendo nascer
Grita, berra, esperneia,
sopra apito, boca cheia.
Ah!!! não consigo pensar!
E esse sorriso no rosto...
Espera! Até que dá gosto,
Ver tanta alegria e leveza,
sinceridade,
pureza,
solta, dançando com o vento
livre de qualquer maldade
E na sua infância arrogante,
não sabe,
querido infante,
o quanto me fez criar.
Obrigada, seu menino!
Siga com o seu apito,
irritando outros ouvidos,
e assim com em mim
despertar outros sorrisos,
e o desejo de sair
como você a brincar.
Menino danado,
levado,
traquino.
Sendo apenas um menino,
que tem sua sabedoria
pra despertar poesia.
Sua forma de brincar.