DO QUE EU PRECISO
NALDOVELHO
Preciso da veemência
que tuas palavras revelam,
da urgência despudorada dos teus versos,
das tuas rimas viscerais e indecentes;
preciso da contundência do teu verbo
a criar imagens em minha mente.
Preciso que me leves ao delírio,
pois no bater de um coração afrontado
eu redescubro a magia que existe em mim.
Preciso habitar tuas entranhas
para que eu possa me sentir
caça abatida entre os dentes.
Preciso sentir tuas presas
cravadas em minha carne quente
e tuas garras a arranhar meu ventre.
Preciso não mais carecer
do silêncio das madrugadas,
preciso adormecer em teus braços
e acordar como se tu fosses a hospedeira,
Preciso sentir o teu hálito,
te sentir por inteira
e em teus lábios sorver a peçonha.
Preciso morrer de paixão,
para depois renascer poesia,
palavras obscenas que brotem de tua mão.
NALDOVELHO
Preciso da veemência
que tuas palavras revelam,
da urgência despudorada dos teus versos,
das tuas rimas viscerais e indecentes;
preciso da contundência do teu verbo
a criar imagens em minha mente.
Preciso que me leves ao delírio,
pois no bater de um coração afrontado
eu redescubro a magia que existe em mim.
Preciso habitar tuas entranhas
para que eu possa me sentir
caça abatida entre os dentes.
Preciso sentir tuas presas
cravadas em minha carne quente
e tuas garras a arranhar meu ventre.
Preciso não mais carecer
do silêncio das madrugadas,
preciso adormecer em teus braços
e acordar como se tu fosses a hospedeira,
Preciso sentir o teu hálito,
te sentir por inteira
e em teus lábios sorver a peçonha.
Preciso morrer de paixão,
para depois renascer poesia,
palavras obscenas que brotem de tua mão.