Gato sem nome

sou o gato que bebeu do leite da via láctea

gato sem nome eu sou

pelo espaço sideral pulo, paro, giro e vou

pelo tempo que avacalha a conciência que restou

Prefiro assumir que sou louca

A ter que viver com alegria pouca

A arte comeu meu tempo

me viciou, aprisionou

Admito, sinto, gosto!

idéias saem até das caixas de fósforos

Pensam que ainda sou aquela?

que grande engano!

descarto o que assim merecer ser

por mais cruel que isso possa parecer

a evolução não afaga e correto está o seu plano

Corra antes que seja tarde

vá logo sem fazer alarde

porque é aqui que vou ficar

e muito árido meu caminho será

porque de evoluir não vou parar

e longe estou de ser covarde

Camila Visentainer
Enviado por Camila Visentainer em 23/05/2009
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