Na quietude da alma

Gestos de carinho pairam no ar, sem remoer o passado, navegando no sabor dos elementos, dividindo com o vento minhas quimeras.

Cantiga suave alimentando sentimentos diversos, na busca insaciável de emoções, ciclo de vidas entrelaçadas, fez o amor arder no peito.

Quando a lua surgir de repente no firmamento, na quietude da alma, encontrarei consolo, recompondo as forças no sonho esquecido, sacrifício desmedido, despertando a emoção adormecida, aflorando na pele, o perfume das flores caídas, sopradas pelo vento.

Faltando-me a voz, deixo apenas o coração falar suas queixas, num gesto sem censura, duras amarguras, estateladas, desprovidas do medo, libertam para amar.

Harmonias de cores e perfumes, amores vãos, carregando as próprias fronteiras, sorvendo a vida passo a passo.

A alma cobre-se de encanto, galopando no território do coração, em suaves deslizes.

Escrito

22.05.2006

Por Águida Hettwer