Estações
Era uma vez um outono
no coração de um poeta
de amanhecer coral
crepúsculo de frouxa claridade
onde o amor foi congelado
no mais tenebroso inverno
de tarde branca
e madrugada acinzentada
Não houve fogueira das vaidades
que o fizesse novamente verão
de aurora puramente lilás
e sol esmaltado de ouro
E a solução do poeta
foi fazer um apelo
para que a primavera floresça
vesperal sementeira de ilusão
de noite bela e sem pecado
para aquecer seu coração