Estações

Era uma vez um outono

no coração de um poeta

de amanhecer coral

crepúsculo de frouxa claridade

onde o amor foi congelado

no mais tenebroso inverno

de tarde branca

e madrugada acinzentada

Não houve fogueira das vaidades

que o fizesse novamente verão

de aurora puramente lilás

e sol esmaltado de ouro

E a solução do poeta

foi fazer um apelo

para que a primavera floresça

vesperal sementeira de ilusão

de noite bela e sem pecado

para aquecer seu coração

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 22/05/2009
Reeditado em 11/06/2018
Código do texto: T1609006
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