Não morro de amores
De amores não morro,
Porque de amar sobrevivo.
Em tempos de ódio,
É de amor que eu vivo.
Se o entregar causa dores,
Também há o prazer que preciso.
Há de existir bens maiores,
Do que a renúncia do riso.
De amores não morro,
Porém se fatal o sacrifício,
Quero que seja afinal,
Pela nobreza do ato
Do abandono em suplício,
Meu último olhar, o instante exato
Da derradeira entrega
À matéria do espaço sideral.
Diana Gonçalves
Poesia on line – 22/05/2009
“De amores não morro”