My way

O meu caminho quero
ladrilhar
com as mais belas pedras
coloridas,
aquelas que refletem
a luz do sol
e que irradiam mais além
para iluminar
outros caminhos também.

Na minha estrada não quero
ir só,
estendo minha mão à procura
da sua,
resoluta na direção de sua
companhia,
em sentido contrário
à solidão.

Quero você de um lado e,
do outro,
fico à espera do transeunte
que virá,
e a minha outra mão também
estará estendida,
querendo aproximação.

E quem de mim se aproximar
para uma prosa,
terá alguém com disposição
para ouvir
e partilhar o que tenho de
mais bonito:
o riso fácil e os ouvidos
atentos,
os gestos ora calmos,
ora agitados,
mas sempre voltados para
seu interlocutor.

Convido a qualquer caminhante
a fazer o mesmo,
a perder o medo da aproximação,
a se render de vez em quando
apenas à emoção
de sentir quem está ao lado,
com o coração desarmado,
querendo também atenção.

Assim ao longo do caminho
percorrido,
a sensação do dever cumprido
mais evidente estará.
E cada mão unida a outra
fará uma corrente tão linda
e forte
que as dificuldades na jornada
encontradas,
se resolverão ainda na mesma
estrada,
graças ao diálogo franco,
aos ouvidos atentos
e às mãos unidas
num mesmo belo propósito.