BIOGRAFIA

Foi caminhando que sofri

Mas ao parar quase enlouqueci

Perdi o vento da direção

Estive em um espaço sem chão

Bolhas deram meus pés

Cicatrizes profundas no coração

Entre ilusões e realidade

Nada me restava da felicidade

O sol impiedoso a castigar

Nada tinha para a dor aliviar

Seguir era o que restava

E prosseguindo me desmanchava

Vi-me em cacos pela estrada

Horas iam e estava prostrada

Tanto que dias se transformaram

Nem vi as noites que passaram

Fui do desespero a imagem

Não restou fantasia ou miragem

No espelho uma desconhecida

Não tinha freio minha descida

Do sorriso perdi o jeito

Nada havia que pudesse ser feito

Em estado de negação

Encontrava-me sem solução

Acordei enfim deste torpor

Mas muito tive de lutar

Aos poucos comecei a confiar

E muito penei para me aceitar

Continuo a caminhar

Sei que muito hei de frustrar

Aprendi que nesta jornada

Cada erro tem seu lugar

Hoje sei não dá para mudar

Há muitas cartas para jogar

Deborah Mahara
Enviado por Deborah Mahara em 21/05/2009
Código do texto: T1607466
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