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nem sempre
o coração sente
o que o olho vê
 
quase sempre, 
antes de ver
ele já sentiu
 
nem sempre
mala arrumada
é sinal de partida
 
quase sempre
é aspecto de fuga
que não se concretiza
 
nem sempre
o que dói
é saudade
 
quase sempre,
é querer o fim da dor
quando já é tarde 
 
(Sempre, ou quase  - do livro Presente da Arara Azul)

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(que me desculpe o autor desta linda foto, mas não encontrei o registro)