Troca de mães
Parece surreal ,
mas aconteceu de verdade.
Mais uma vez
o cenário da cena grotesca
se deu num hospital.
Já não bastassem
episódios de puro horror,
de crianças lançadas
pela janela,
bebês jogados na lixeira,
filhos matando pais
e pais molestando filhas,
temos agora algo impensável:
troca de mães!
Os sinais do fim dos tempos
parecem não ter fim
e,
quando pensamos que nada
mais pode nos abalar,
aparece algo ainda mais assustador,
que nos coloca mais uma vez
diante de um dilema:
Perderam-se os valores
ou nos perdemos nós?
O fato em si pode até
virar comédia,
motivo de sátiras engraçadas
como quase tudo que acontece por aqui.
Mas....
O contexto da história,
numa análise mais profunda,
é dolorida demais.
Mães internadas ao mesmo tempo,
com o mesmo quadro clínico,
de famílias muito pobres,
atendidas pelo SUS.
E terminam aí as coincidências.
O que leva a pobreza
a se sentir amordaçada
em seus direitos?
O que fez calar a filha,
ao perceber a armadilha,
aceitando a mãe que não era sua?
Por que não contestou veementemente
a enfermeira,
na tentativa de convencê-la
a aceitar o absurdo?
São tantas as adversidades
que levam a não-percepção do outro,
que deterioram os laços de afeto,
que fazem negar o abraço,
o olhar atento,
a perscrutação constante
que levam ao conhecimento
e ao amor!
Julgar o que aconteceu
não nos compete,
mas considerar "normal"
esse fato bizarro
é impensável.
O mundo está de ponta-cabeça.
É preciso que o ser humano
estabeleça
critérios para o bem-viver.
A vida não pode ficar a reboque
da insanidade de tantos,
que abusam de quem não tem voz,
de quem já nasceu despossuído
do mínimo necessário
para ser cidadão.
Tomara que a mãe trocada
possa se sentir um dia amada,
porque provavelmente não o foi.
E aquela que partiu,
pranteada(ou não)por ilustres desconhecidos,
possa alcançar em outra dimensão,
no plano espiritual,
o que lhe foi negado aqui na Terra.
E todos os que viveram
essa situação dantesca
possam viver tempos mais amenos,
com o olhar mais bem cuidado,
mais amoroso,
para que não sejam roubados,
enganados naquilo que temos
de mais importante:os nossos amores.
Parece surreal ,
mas aconteceu de verdade.
Mais uma vez
o cenário da cena grotesca
se deu num hospital.
Já não bastassem
episódios de puro horror,
de crianças lançadas
pela janela,
bebês jogados na lixeira,
filhos matando pais
e pais molestando filhas,
temos agora algo impensável:
troca de mães!
Os sinais do fim dos tempos
parecem não ter fim
e,
quando pensamos que nada
mais pode nos abalar,
aparece algo ainda mais assustador,
que nos coloca mais uma vez
diante de um dilema:
Perderam-se os valores
ou nos perdemos nós?
O fato em si pode até
virar comédia,
motivo de sátiras engraçadas
como quase tudo que acontece por aqui.
Mas....
O contexto da história,
numa análise mais profunda,
é dolorida demais.
Mães internadas ao mesmo tempo,
com o mesmo quadro clínico,
de famílias muito pobres,
atendidas pelo SUS.
E terminam aí as coincidências.
O que leva a pobreza
a se sentir amordaçada
em seus direitos?
O que fez calar a filha,
ao perceber a armadilha,
aceitando a mãe que não era sua?
Por que não contestou veementemente
a enfermeira,
na tentativa de convencê-la
a aceitar o absurdo?
São tantas as adversidades
que levam a não-percepção do outro,
que deterioram os laços de afeto,
que fazem negar o abraço,
o olhar atento,
a perscrutação constante
que levam ao conhecimento
e ao amor!
Julgar o que aconteceu
não nos compete,
mas considerar "normal"
esse fato bizarro
é impensável.
O mundo está de ponta-cabeça.
É preciso que o ser humano
estabeleça
critérios para o bem-viver.
A vida não pode ficar a reboque
da insanidade de tantos,
que abusam de quem não tem voz,
de quem já nasceu despossuído
do mínimo necessário
para ser cidadão.
Tomara que a mãe trocada
possa se sentir um dia amada,
porque provavelmente não o foi.
E aquela que partiu,
pranteada(ou não)por ilustres desconhecidos,
possa alcançar em outra dimensão,
no plano espiritual,
o que lhe foi negado aqui na Terra.
E todos os que viveram
essa situação dantesca
possam viver tempos mais amenos,
com o olhar mais bem cuidado,
mais amoroso,
para que não sejam roubados,
enganados naquilo que temos
de mais importante:os nossos amores.