Marcas
Pele que caminha para pegar a estrada,
De tão longe vai ficar no passado,
E de tão longe não será esquecido,
Será lembrado...
Não na intensidade que parecia ter fincado,
Só mais uma lembrança, só mais uma forma...
Beberei esse líquido intenso que chegou ao sangue,
Modificou os sentidos.
Você não esquecerá, pois...
Não serei nunca o que tu pensas,
Nunca o que tu queres...
Sou forma que não consegues definir.
Fui parte, agora sou ar que vai, e vai sempre...
Parei só para ser por um tempo moradia do teu pensamento,
E marca de algo;
Mas ar não para, segue,
E eu vou sempre para onde as força me levarem...
Sou AR com sede que não passa...
Ando levando a chuva,
Empurrando a influência do sol,
Embebedando os raios que não sabem onde caem.
Não esqueças que me respirastes profundamente;
Em forma de ar fui puxada para dentro de você...
Dei-te vida...
E fui vida...
Mas na expiração me impulsionastes a viajar
Tornando vida outra vez,
Como sou ar vivo, fui...
Quase esquecera que as delicadas borboletas me esperavam,
Para que eu as levasse...
Lindas borboletas.
Alane Ramos