Pureza do sentir
Desde o dia em que presenteastes meus olhos com tua existência...
Regada de traços delicados e suaves...
Dedilhados por minhas mãos...
Tornando-se notas de uma música sem fim...
Eu te presenteio essa manhã...
Com o cheiro que a chuva exala...
Quando ama a terra;
Eu te presenteio com os mais sensíveis...
Choros das árvores do campo, quando se despedem...
Dos já então finos e mornos raios do sol se pondo;
Eu te presenteio com o silêncio que a madrugada estabelece...
Para que a lua pouse em tua janela...
E ilumine o teu corpo em repouso...
Eu te presenteio...
Alane Ramos