Um futuro...
Depois, quando tudo estiver consumado, vamos rir.
Vamos rir como riem os mortais
na instantânea alegria do gozo.
Depois do choro, vamos rir.
Gargalhar a felicidade momentaneamente eterna
da paixão delirante.
E vamos dobrar as esquinas
sem receio do terror da solidão
e invadir terrenos docemente próprios
ao cultivo do prazer de se estar vivo.
E forjar jardins de libélulas gigantes
que da sombra se iluminam à lua cheia.
Então diremos:
Um brinde quente à vida!
Um brinde alucinado à paixão!