ESPÓLIO DE GUERRA
NALDOVELHO
Quisera colher em seus lábios um sorriso,
um que fosse assim sem juízo,
tipo, loucura muita é coisa pouca...
Cheguei na beira do abismo
e enlouquecido escorreguei.
Quisera colher em seus olhos um carinho,
um que dissimulasse por inteiro a peçonha,
tipo, só deu para perceber quando era tarde...
Nem deu pra entender direito o que aconteceu!
Quisera colher em seus braços um aconchego,
um que fizesse de mim sua presa...
E caça abatida, envolta em teias, só me resta morrer.
Mas só depois de saborear seu corpo, em cada detalhe.
Quisera deixar em você minhas marcas, tatuagens,
e ainda que redundante gritar bem alto o seu nome,
e que já nem sei das minhas pernas,
virei espólio de guerra, é só tomar posse, é tudo seu!
NALDOVELHO
Quisera colher em seus lábios um sorriso,
um que fosse assim sem juízo,
tipo, loucura muita é coisa pouca...
Cheguei na beira do abismo
e enlouquecido escorreguei.
Quisera colher em seus olhos um carinho,
um que dissimulasse por inteiro a peçonha,
tipo, só deu para perceber quando era tarde...
Nem deu pra entender direito o que aconteceu!
Quisera colher em seus braços um aconchego,
um que fizesse de mim sua presa...
E caça abatida, envolta em teias, só me resta morrer.
Mas só depois de saborear seu corpo, em cada detalhe.
Quisera deixar em você minhas marcas, tatuagens,
e ainda que redundante gritar bem alto o seu nome,
e que já nem sei das minhas pernas,
virei espólio de guerra, é só tomar posse, é tudo seu!