Através do Singular
Rasgo palavras e papéis ao lixo.
Reescrevo verbos e me atrapalho não mais com palavras, que sentimentos.
Vou pelo inverso, na simples busca do aconchego.
No mais difícil poema,
Sou resoluto e recuo
em brandas páginas.
A tua assimetria reflete e deflagra o que és.
Queres alguém que atenda a tua alma e mapeie todo sentimento.
Não permites o que sou,
minha aparência, aflige o teu eu.
Por hora dissipas ao vento minhas atenções.
No desuso,
me desvio do castanho dos teus olhos.
Somos monocromático intuito,
não um trivial sabor.
Em teus leves gestos,
nos encontramos de forma temporal.
No silêncio, temos a mesma amplitude.
Em outro lugar, quem sabe o teu postal caminhe em curvas felizes!
Por hora, permito o que sou.
2001