DE ONDE NASCEM OS VERSOS

TENTEI FAZER POESIA E BRINQUEI DE FAZER RIMA.

ENCONTREI PARA A CIRANDA, UMA RODA DE CRIANÇA.

E PARA O LADINO PRAZER, O MAIS DOCE BEM QUERER.

PARA A IMENSA ALEGRIA, AQUELE MENINO QUE RIA.

PARA O MEU FILHO AMADO, O MEU SINCERO OBRIGADO.

PRA MINHA ESTRELA DISTANTE, CONSEGUI UM NOVO INSTANTE.

ATÉ PARA A INEVITÁVEL MORTE, ARRANJEI UM NOBRE PORTE.

RESSABIADA PROCUREI, UMA RIMA PARA ESPERTO.

MAS NÃO NEGO, ME ENGANEI. NA VERDADE ERA LERDO.

PARA O LINDO PASSARINHO, NADA MENOS QUE UM NINHO.

JÁ PARA O AMOR E PARA A DOR, FOI BEM MAIS FÁCIL, CONFESSO.

É QUE ESSA RIMA INSISTE, EM RIMAR NO UNIVERSO.

QUALQUER CORAÇÃO DE POETA, POR MAIS ALEGRE OU MAIS TRISTE,

SOFRE ESSA RIMA CONSTANTE, E É DELA QUE NASCEM SEUS VERSOS.

Isabel Damasceno
Enviado por Isabel Damasceno em 18/05/2009
Reeditado em 08/06/2011
Código do texto: T1601028
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