Oásis

rendida entre parêntesis

grávida de palavras

mãos amarradas

sem escrever nas linhas

nem abortar poesias

deserto escaldante

noites impiedosas avançam

roubando-me as horas

de quem não encontra a fonte

não ha livro que sacie

sempre impedida de ir adiante.

Nada temo, quero apenas transpor

o oásis incerto do meu deserto.

17/05/09

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 17/05/2009
Reeditado em 17/05/2009
Código do texto: T1599739