Soldado
Aprendi a esperar o inimigo na trincheira.
Sou um desgraçado errante,
Vivendo num mundo de exílios
De milhões de flores pelo caminho,
Me esquivo do equivoco.
Causo dor e destruo os meus caminhos
Quero a paz no horror desconhecido.
Mãos me tocam me acenam
Dias e noites de tormenta
Com um barco em alto mar auto lá!
Sou autor da minha vida.
Acabo de vez com minhas feridas
Custo à chaga,
Minha ferida viva,
Com dor e cor de carniça.
Os buracos que abrigam
A morte se Eterniza.
Passando de fronte a fronte a testa suor se ameniza.
Corre devagar suspeito sem ser o ser perfeito.