DO UMBIGO ATÉ O PESCOÇO
NALDOVELHO
Pelos poros das paredes brotam gotas de orvalho,
pelas frestas da janela surgem luzes coloridas
que derramam no assoalho toda a seiva desta vida.
Pelas dobras pelos cantos, nascem lírios e begônias,
samambaias deitam águas e alimentam os gerânios.
e o colibri já fez seu ninho recheado dos meus sonhos.
Lá no teto envolta em teias a aranha observa,
que entre as teclas do piano crescem ervas, cogumelos,
e o poeta alucinado, guardião dos desenganos.
Lua cheia quando lambe do umbigo até o pescoço,
faz o cabra ficar demente, vive de falar bobagens,
não mais consegue se aprumar
NALDOVELHO
Pelos poros das paredes brotam gotas de orvalho,
pelas frestas da janela surgem luzes coloridas
que derramam no assoalho toda a seiva desta vida.
Pelas dobras pelos cantos, nascem lírios e begônias,
samambaias deitam águas e alimentam os gerânios.
e o colibri já fez seu ninho recheado dos meus sonhos.
Lá no teto envolta em teias a aranha observa,
que entre as teclas do piano crescem ervas, cogumelos,
e o poeta alucinado, guardião dos desenganos.
Lua cheia quando lambe do umbigo até o pescoço,
faz o cabra ficar demente, vive de falar bobagens,
não mais consegue se aprumar