Enigma

Confusa penetro

No eterno silêncio

Escrava me faço

Margarida delicada

Fechada na gaveta.

Dormem os dias

Sem ser flamante

Agonizo sem sono

Entre primas efêmeras

Dúvidas algozes

Voam sagazes.

Despercebida pela vida

Finjo não ver o tempo

Momento à-toa

Atormentam-me os fatos

Nas asas da esperança

Desprendo-me enigma

Existo sem nada entender.

IáraPacini