DESABAFO...
As vezes, como agora,
as palavras saem espremidas,
nos volteios que dão dentro de minha alma...
Pensamento e sentimentos constrangidos!
As palavras afloram...
Como tudo aflora!
Sem o controle, de quem pensa que controla...
Como agora!
Mas é preciso agradecer aos amigos,
que sem o saber, acalentam,
acariciam,
o escriba cujas palavras sorriem...
Enquanto ele mesmo chora!
Como agora!
É preciso,
como agora,
seguir em frente!
Que importa a dor que dilacera,
o peito ofegante?
As lembranças vivas, das últimas
horas negras?
Que importa a solidão, esta solidão, destas últimas horas?
Onde a vida como as palavras,
se faz por si mesma,
regateando um controle,
a quem não a controla!
O poema, tem horas, divaga...
Agora, é o lenço, que as minhas lágrimas seca!
Agora é a boca da minha boca,
que agradece aos amigos, pelas ternas palavras...
Um unguento novo, poderoso, sobre novas feridas!
Sobre as minhas feridas, como sobre as dores, tão minhas,
palavras tão doces e amáveis,
empalideceram a minha dor,
e lembraram-me, que não estou só, nesta vida!
Trazendo-me mais uma prova
da força do amor!
Edvaldo Rosa
16/05/2009