ADORAVEL INDIFERENÇA

Eu bebo a agua no teu vinho

e ela me embreaga mais

eu fumo o ar do teu suspiro

delirio entorpecente me bambeia

e é tua indiferença alheia

que me prende em tua teia

mas não tem grude e gruda assim

como se fosse guspe

Eu olho o sangue em minhas veias

e ele só corre porque tu bombeia

quando teus seis deslizam em meus olhos

minha retina se ensendeia

eu ouço o som do batucar ligeiro

teu coração, em compasso aventureiro

provoca samba em mim

e eu não vejo o fim da festa

você não presta,

ah se me odiasse, se me achincalhasse

se me desprezasse ou até vomitasse em mim

eu seria mais feliz, eternamente feliz

pois ao menos você notaria em mim

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 16/05/2009
Código do texto: T1596852
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