(Amor). Chocolate Amargo.
Flores, cores sem nó,
desatam sem fim, sem partida.
Como quando o dia vence a noite,
como quando é fácil consentir.
O vento que rouba perfumes, desatinado,
fragrante despudorado de si.
E a chuva lava o medo de viver, o medo de sentir.
Dores na ponta da língua, na ponta dos dedos, é fácil consentir.
Quando enlaçados por fulgor, nascendo em cada toque, crivados de desejos e ardor.
Dum amor rimado, ritmado. Mas é tão fácil consentir.
Em seu lar em gotas de amor. O amor tão inebriante embebeda de paixão.
Enamorados calados. Consentidos de ilusão.
E crava rancor, é tão fácil partir.
Lívidos e secos de sonhos. Partidos, recortados.
Mas é tão fácil.