Arremedos & Temporais!
Atol na espreita em reta,
Anzol caído busca alimento
Como farta é água que dá sede,
Salgados aflitos em mar vadio,
Arremedo de vela, corda solta,
Nau balança sem destino algum,
Apenas visceja perante o Sol,
Sombra de uma asa estranha
Indica chão próximo, ávido chão...
Delírios com água descendo da pedra
O corpo arredio mal se aguenta
O balanço que as ondas trazem,
Cai o sono no olho espremido
Todo o tranco que bate, batendo duro,
Outro buraco para afundar mais rápido
Porém o atol jogou raso toda a nau
Areia escaldante para tudo atravessar
Restos de bandeira para cobrir a cabeça
Chorar ao ouvir o ruído da floresta
Tão próxima e tão longe de alcançar...
Respirando fundo, logo será noite, e a brisa nos reconfortará...
Peixão89