Arremedos & Temporais!

Atol na espreita em reta,

Anzol caído busca alimento

Como farta é água que dá sede,

Salgados aflitos em mar vadio,

Arremedo de vela, corda solta,

Nau balança sem destino algum,

Apenas visceja perante o Sol,

Sombra de uma asa estranha

Indica chão próximo, ávido chão...

Delírios com água descendo da pedra

O corpo arredio mal se aguenta

O balanço que as ondas trazem,

Cai o sono no olho espremido

Todo o tranco que bate, batendo duro,

Outro buraco para afundar mais rápido

Porém o atol jogou raso toda a nau

Areia escaldante para tudo atravessar

Restos de bandeira para cobrir a cabeça

Chorar ao ouvir o ruído da floresta

Tão próxima e tão longe de alcançar...

Respirando fundo, logo será noite, e a brisa nos reconfortará...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 15/05/2009
Código do texto: T1596238
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