Brisa de Volúpia
“O desconhecido não é nem o prematuro da ordem do tempo, nem o transcendente à ordem do saber, mas paradoxalmente é o objeto do pensamento e da poesia, enquanto desconhecido (Maurice Blanchot)”.
Ai isso que nos toma
(de nós mesmos!),
e nos faz insanos felizes...
Ai gesto que nos doma,
(e a cada encontro!),
nos une,
num súbito insólito...
Se nos coloca plenos no mundo,
(num instante!),
numa eternidade cálida,
nós dois, só nós dois!,
estamos enfim inebriados...
Ai brisa que em nós derrama,
(brisa noturna!),
que sopra em nossos ouvidos:
de um lado: “sou sua...”,
de outro: “te quero tanto!”
De olhos agora abertos,
apenas nos olhamos...
Ai brisa voluptuosa!,
nos umedece assim!,
desse modo assaz secreto!,
nos umedece!
Por que não
[a cada encontro...