"CORPO AMBULANTE"

As paredes rudes
do meu quarto...
que me escuta
sem nada responder;
o meu leito frio
sem você, os meus
lábios ávidos a querer
e as minhas mãos,
que não acham você;
o meu corpo sem te ter
e o meu coração
que pulsa forte...
e a noite passa, 
sem eu ver, o meu
dia será um martírio;
pois ao voltar não 
vou encontrar você;
e o meu fim de semana
vai ser triste, na
varanda sem você;
irei a praia sozinho,
nada é como antes...
não sou eu, sou apenas;
um corpo ambulante.