Tela
Vi uma tela
Com pinturas distorcidas
E imagens psicodélicas
Era o poder e a forma
De regrar e ditar
O que é norma.
Era a tela da ilusão
Hipnotizava e prendia
Não era a caverna de Platão
Não era uma tela de Dali
Se tornou mais belo
Mas nada eu via ali.
Era a agulha e o crochê
Perfurava e bordava
Um belo cachê.
É a tela de todas as horas
O tempo não apaga a tinta
Enquanto continua agora.
O mesmo poder e norma
Corpos feitos e cabeças
Sem nenhuma forma.
Tobias M.Lopes